Melhores processadores para seu computador

Após a seção de produtos, separamos algumas dicas para você escolher o processador ideal para você.

Até pouco tempo atrás, a Intel era a vencedora disparada dessa disputa, produzindo os melhores processadores. Contudo, ao lançar os chips da série Ryzen em 2017, o jogo virou ao serem disponibilizadas as peças com 8 núcleos e 16 threads, batendo de frente com a série Core i da concorrente.

Apesar da Intel manter extrema popularidade no Brasil, vale a pena ficar de olho nas máquinas com AMD: atualmente, elas conseguem oferecer configurações iguais – às vezes, até melhores – por um preço mais em conta.

Como a tarefa básica do processador é controlar funções e operar dados, o que mais vale na hora de comprar uma peça dessas é entender a finalidade da sua máquina. 

• Se você está em busca de um computador que te ajude com tarefas básicas de escritório, navegar na internet e assistir vídeos, um chip de dois a quatro núcleos já resolve – como Intel Celeron, Intel Pentium, AMD Ryzen 3 ou AMD Athlon.
• Já para jogos online, mais que a quantidade de núcleos do processador, vale a pena investir em um processador com alta velocidade de clock e uma boa placa de vídeo. Nesse caso, um Intel i5 com boa performance de clock já atende bem.
• Para trabalhos criativos que demandam mais processamento de dados, como edição de vídeo ou animações, é preciso investir um pouco mais – como um Intel i7, Intel i9 ou AMD Ryzen 7.
• Por fim, grandes processamentos de dados, como tarefas de inteligência artificial complexas, requerem processadores de ponta, caso Intel Core X e do AMD Threadripper: são 64 núcleos físicos, mas alguns milhares de reais também. O AMD Ryzen 9 (entre 12 e 16 núcleos) também consegue entregar um bom desempenho a preços mais baixos.

Além dos fabricantes, existem outros dados que também são importantes de verificar. Apesar do consenso de “quanto mais melhor”, não necessariamente é necessário gastar com o processador de última geração para ter uma boa máquina.

Os núcleos funcionam como se fossem pequenos processadores individuais, dentro do processador maior. Quanto maior a quantidade, melhor este processador é em uma dinâmica multitarefa. Dentro do processador, eles são divididos entre núcleos de performance (P) e núcleos de eficiência (E). O primeiro cuida de tarefas de alto desempenho e requer mais energia, enquanto o segundo lida com dados menos intensivos e consegue aumentar a eficiência energética.

E se você está buscando justamente multitarefa, o próximo dado a se olhar é o número de threads. Essa informação diz respeito à quantidade de atividades que o processador consegue controlar ao mesmo tempo. Os chips contemporâneos conseguem fazer isso de forma simultânea – a chamada multithreading – pois aproveitam partes subutilizadas de núcleos de performance e, por isso, é comum ver um número de threads maiores que de núcleos.

A velocidade de clock é outro dado bem importante. Ela é medida em gigahertz (GHz) e determina quão rápido os núcleos conseguem executar as tarefas. Para a maioria das pessoas, essa informação é, inclusive, mais importante que a quantidade de núcleos (esta última vale mais a pena para tarefas de produtividade complexa, como alto processamento de dados).

Para um gamer, por exemplo, vale mais a pena investir em um processador com alta velocidade de clock que um número grande de núcleos, já que o mais importante é obter um desempenho mais rápido em comandos do que executar diversas tarefas de processamento de dados.

Por último, o cache integrado. É uma pequena reserva de memória no processador que fica responsável por armazenar informações às quais o chip precisa voltar com frequência. É medido em megabytes (MB) e, quanto maior, mais rapidamente esses dados são recuperados e menos dependente da memória RAM o seu processador é. Depender da memória RAM, que é um pouco mais lenta, pode significar um desempenho mais lento.

Até pouco tempo, processadores sem gráficos integrados poderiam ser mais requeridos por terem um desempenho melhor, mas atualmente isso não é mais uma verdade absoluta. O Intel Core i9 14900K apresenta um desempenho melhor que o irmão Intel Core i9 14900KF, que não tem gráficos integrados.

A grande vantagem, porém, ainda está no preço: os mesmos processadores com gráficos integrados, da mesma geração, costumam ser um pouco mais caros.

Para descobrir se o processador que você está pensando em comprar é ado pela placa-mãe do seu PC, é preciso saber qual o soquete está instalado nela. Ele nada mais é que o local onde o processador é encaixado. E não adianta: não dá para colocar um processador que não seja compatível, pois a disposição dos pinos é diferente e ele nem vai entrar.

Para descobrir qual é o soquete de processador da sua placa-mãe sem precisar abrir o gabinete, vale a pena baixar o programa U-Z, que identifica essa e outras informações sobre a sua máquina. Ela fica localizada no campo “Package”, que está dentro da aba “U”.

AMD e Intel usam soquetes bem diferentes. Existem mudanças até mesmo entre linhas da mesma marca. Por isso, em caso de atualização de computadores mais velhos, cheque antes de fazer a troca.